domingo, 16 de agosto de 2009

Transições...


Não é dia.
Não é noite.
É dia e noite.
É dia que passou.
Coisas que aconteceram.
Coisas que sem perceber, ao acontecer, construiam.
Não só o dia que passou.
Construíam, também, o dia que vem.
Que vem depois da noite.
Dos planos, das expectativas.
O que fazer hoje à noite?
Depois do dia acabado.
Antes de outro começar.
O dia que, agora, está junto com a noite.
Bem na hora do pôr-do-sol.
Ou do nascer-do-sol.
Ou do pôr-da-lua.
Depende do ponto de vista.
Mas sem dúvidas um momento.
Um momento de transição.
Bonito.
Calmo.
Agradável.
Lembranças, idéias.
Tudo ao mesmo tempo.
E por incrível que pareça.
No mesmo lugar.
Aqui.
.
.
*Confirmando, chego em Sampa no Sábado, 29/08, lá pelas 16h.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

kaya Sampa


I feel so good in my neighborhood.
So here I come again…
…I got to have kaya now!

Pois é.
Serginho Chulapa “strikes back”!
O artilheiro dos gols bizarros.
Que dessa vez fez o mais bizarro possível.
Voltou à velha vida.
Nada de documentários, de vida rural ou estágios internacionais.
Resolveu inovar no segundo semestre.
Resolveu ser normal.
Se é que estudar Geografia na FFLCH pode ser considerado normal...
A vida abre milhões de oportunidades.
E é tentador agarrar todas.
Mas existe uma coisa que se chama “tempo”.
Pode até ser uma criação humana.
Mas que existe, existe.
E estou aprendendo a respeitá-lo.
Ele e tudo aquilo que já foi construído antes de mim.
Antes de eu aparecer com idéias brilhantes, inovadoras.
“Descobri a roda!”
Nada se constrói de uma hora pra outra.
Então antes de subir uma nova casa, vamos terminar a antiga.
Que está ficando bonita até.
Me deixou fazer um intercâmbio.
Garantiu minha pensão.
E agora me recebe novamente.
Tem problemas?
Qual casa não tem?
Mas eu faço parte deles.
E não posso simplesmente abandoná-la.
Só porque eu achei que ia construir uma mais legal?
Calma...
Depois de acabar a primeira eu vejo o que faço.
Talvez o negócio nem seja subir outra.
Mas sim aproveitar o material.
Fazer um jardim, alguns cômodos.
Continuar um trabalho de tantos anos.
De décadas, talvez séculos.
Não caí de pára-quedas no mundo.
Nem em São Paulo.
E por isso também quero voltar.
Os prédios, o trânsito, a chuva, o stress.
O Morumbi.
A galera.
Kaya.
Não que em Maputo eu não esteja em casa.
Muito pelo contrário.
Não vou nem chamar de segunda casa.
E sim da outra parte da casa.
As ruas, as pessoas, o Sol, a calma.
A cerveja.
A “malta”.
Kaya.
Não foi só um intercâmbio.
Acredito que construí algo.
Pra voltar quando quiser.
E quero.
Tenho coisas pra fazer aqui ainda.
Mas tudo a seu tempo.
Hei de voltar!
Estou tentando remarcar a passagem pro dia 29/08 (Sábado).
Saio de Johannesburgo de manhã e chego em Sampa no fim da tarde.
Pra no dia 30 já voltar à rotina.
São Paulo x Palmeiras!
Se até o campeão voltou...
Quem sou eu pra não voltar?
Então kanimambo Maputo.
Ni ta famba kaya ka Sampa.
‘tavonana.